Crimes ocorreram entre 2017 e 2018 na ilha de São Miguel, nos Açores. Os 7 jovens com ligações de amizade e de família respondem agora no Tribunal de Ponta Delgada.
De acordo com o principal arguido do processo, atualmente em prisão preventiva, tudo começou por estar desempregado e os crimes seriam para subsistência. O Tribunal no entanto, com o desenrolar dos factos, acredita que o indivíduo estaria ciente da gravidade dos crimes que cometeu.
Um dos primeiros casos remonta a 2017 quando o arguido principal terá arrobando uma arrecadação num armazém e assim furtar uma bicicleta avaliada em milhares de euros, bem como 54 euros em dinheiro.
Após o sucesso do primeiro furto, o assaltante terá voltado ao mesmo armazém e furtado uma segunda bicicleta, avaliada entre 2000€ e 2500€, utilizada para a prática da modalidade desportiva Downhill.
De seguida envolveu o primo (também arguido processo) no caso, trocando a bicicleta por um smartphone com o primo, que afirmou ter estranhado a proposta e ter perguntado se a bicicleta seria furtada (que o primo terá negado). O tribunal considerou que o primo estaria consciente da troca.
Ainda em 2017 o principal arguido do caso terá furtado uma moto, estacionada no parque de uma superfície comercial em São Gonçalo, sendo visto com a viatura no local (viatura para a qual não teria habilitação legal para conduzir). Em conjunto com a moto, furtou também um tablet e foi para uma zona próxima para se descartar de alguns objetos. De acordo com o arguido, terá se deslocado a pé para o local do furto e precisava de se deslocar depressa.
O arguido terá também furtado a quinta pedagógica da Escola Secundária Domingos Rebelo, furtando da propriedade da quinta as cabras que ali pastavam. Para isto terá saltado o muro e saído pelo portão do polidesportivo adjacente que estaria aberto.
Com o apoio de um amigo o mesmo arguido terá combinado furtar outros animais que se encontravam num terreno privado, envolvendo o amigo porque este teria um método de transporte próprio, no entanto terá sido o arguido a conduzir a viatura, para a qual também não teria habilitação legal para conduzir.
Apesar do terreno estar vedado, o arguido terá aberto um buraco na cerca, de forma a ganhar acesso à propriedade, removendo os animais furtados por cima da cerca.
Após este furto, o principal arguido terá sido posto em prisão preventiva, levando a que o cúmplice tivesse que vender os animais furtados sozinho. O cúmplice afirmou ao tribunal que na altura era consumidor de estupefacientes, o que terá motivado o seu envolvimento no crime.
O principal arguido do processo terá também incitado outro dos 6 arguidos do processo a levar a cabo um assalto a uma superfície comercial, alegando que iriam buscar bolos fora de prazo que estariam nos contentores de lixo, tendo por isso se deslocado com o amigo à superfície comercial, na acelera que conduzia regularmente sem habilitação legal. Durante este último caso terão aparecido os seguranças que chamaram a PSP e para evitar confrontos abandonaram os artigos furtados e fugiram do local dos furtos.